O uso de drones em operações de inteligência de segurança pública

Resumo

Este artigo analisa o emprego de drones em operações de inteligência de segurança pública, apresentando as vantagens táticas, as práticas operacionais e os riscos à privacidade. Nos últimos anos, as forças de segurança têm adotado cada vez mais essas aeronaves não tripuladas como ferramentas de coleta de informações e apoio em operações policiais, impulsionadas por avanços tecnológicos e demandas por eficiência. Os drones oferecem vantagens táticas significativas, como vigilância aérea furtiva, monitoramento em tempo real e mapeamento de áreas de risco, aumentando a consciência situacional e reduzindo a exposição dos agentes a perigo imediato. Além disso, experiências operacionais indicam aumento na efetividade das ações, à medida que drones são incorporados às unidades de inteligência para auxiliar no planejamento de operações e no acompanhamento das tropas em campo, contribuindo para a condução de ações mais seguras e organizadas. Por outro lado, o uso extensivo de drones levanta riscos à privacidade, exigindo atenção aos aspectos legais e éticos. O artigo discute o quadro regulatório brasileiro, as garantias de direitos fundamentais (privacidade, intimidade, proteção de dados pessoais) e os desafios de equilibrar segurança e liberdade civil. Conclui-se que o uso de drones na inteligência de segurança pública, se realizado de forma responsável e com respaldo legal, pode aprimorar exponencialmente a eficiência e a eficácia das ações de segurança, desde que haja salvaguardas adequadas para mitigar impactos negativos e proteger os direitos dos cidadãos.